O SET Expo foi encerrado nesta quinta-feira (29) com vários painéis relacionados à radiodifusão. Ainda na quarta-feira (28), durante o SET Rádio, o painel “Menos interferências e mais canais no ar” reuniu alguns dos maiores especialistas do setor estiveram reunidos no painel. Eles debateram sobre uma política de certificação de fabricantes e a fiscalização na transmissão.
Os palestrantes abordaram uma consulta pública que está em curso na Anatel e que prevê mudanças no regulamento de radiodifusão. O modelo pode propiciar mais canais no ar e conciliar a viabilidade econômica com o objetivo de provocar menor interferência sem incomodar as emissoras já existentes.
Alguns dos maiores especialistas do setor estiveram reunidos no painel, entre eles, o pesquisador do CPqD, Marcos Aurélio Manhães, que apresentou resultados de testes com receptores e a eficácia de cada um, bem como suas eventuais interferências. “Não temos no país uma indústria de receptores. Porém, temos um mercado efetivo”, disse.
Manhães ainda defendeu a flexibilização das relações de proteção e um maior rigor na fiscalização por parte da Anatel. “Precisamos ter uma política de certificação do fabricante. Que ele entregue produtos que possam ser auditados frequentemente de modo a dar tranquilidade aos projetistas”, afirmou.
Já o coordenador de Administração de Planos Básicos de Radiodifusão/Gerência de Espectro, Órbita e Radiodifusão (ORER), Paulo Eduardo dos Reis Cardoso, demonstrou qual é a proposta de relações de proteção FM na proposta da Anatel, o que determina as relações de proteção, pontos de interferência e a ampliação de visibilidade de canais. Pela projeção apresentada por ele, no modelo atual, uma área pode comportar até 30 canais. Na faixa estendida proposta, 80.
Migração
Um questionamento feito pelo Diretor de Rádio da ABERT, Andre Ulhoa Cintra, levantou se a modificação do regulamento da FM vai resolver a questão da migração. Conforme dados apresentados por ele, existe uma grande quantidade de canais vagos, cerca de 3 mil. “Estão quase todos localizados em cidades pequenas e detêm pequena potência”, analisou o executivo.
Fonte: Tudorádio